sábado, 21 de novembro de 2009

Águas.

O mar, infeliz comparação a que irei fazer, até mesmo porque eu amo o mar, mas como o vai e vem das ondas assim é a vida, como os altos e baixos das ondas se dá a vida e suas relações. Mais uma vez as explicações que não são explicadas, mas vividas. A angustia de novo, não, apenas uma vontade de superar os baixos e viver no alto novamente, apenas querendo ser livre dos desejos, dos almejos e da espera, e assim, viver. Viver o dia a dia de alguém está bem e realizado. Eu to me tornando alguém forte, bem mais forte e resolvido que antes, sou alguém maduro, confiante, e as vezes me sinto superior a determinadas coisas, mas me amedronto ao pensar que posso ser duro, rude comigo e talvez com alguém. Não quero ter uma pele fria e dura como mármore, mas quero ter um olhar múltiplo para ver o que preciso enxergar. Não quero ler pensamentos, mas quero ter a força de uma formiga. Eu preciso ser leve e razoável, preciso me olhar e me sentir bem, mas sem os parênteses de alguém, ou, os parênteses da vida. Partir e levar comigo um tesouro, pedras preciosas, ouro, moedas, títulos e ações, livros, alguém, poder, felicidade, roupas, sapatos, maquiagem, veículos, sex, celular, internet, estudo, festas, drogas, bebidas, alimento, lápis e papel, passagens, lembranças, momentos, um minuto, ou, uma hora, um pensamento, uma noite, ou, um dia. Algo se enquadra a nós, ou alguns, ou todos. O que será que realmente importa, saber que tem, saber que não, saber que terá ou saber que não precisa se preocupar, a certeza é uma só, para mim o que importa é que estou disposto a querer algo importante, não mais que isso, mas o mais importante é que o mar pode ser turvo, forte, abrupto e assustador, mas só é assim quando a tempestade o maltrata, e depois da dor a calmaria o reflete por sobre a beleza de que se realmente é, águas que podem ser calmas e águas que são fortes e implacáveis.

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